ApexBrasil, Abemel e Casa Apis discutem medidas de curto, médio e longo prazos para encarar as tarifas de Trump

17/07/2025
Notícias do Agro

Por: Comunicação ApexBrasil

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Estados Unidos consomem cerca de 80% do mel produzido no Brasil e taxação  anunciada pode afetar diretamente mais de 500 mil apicultores brasileiros 

Nesta quinta-feira (17), o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações  e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, recebeu o presidente da Associação Brasileira  dos Exportadores de Mel (Abemel), Renato Azevedo, e o diretor executivo da Central de  Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), Wellington Dantas, para  analisar os impactos para o setor de mel com o tarifaço anunciado pelo presidente do  Estados Unidos, Donald Trump. 

A produção brasileira de mel e própolis é estratégica. O momento pede união e  cooperação e é isso que estamos promovendo. Sabemos que cada setor tem suas  particularidades. Vamos construir juntos alternativas diante deste novo cenário global.
Jorge Viana, presidente da ApexBrasil

Segundo o presidente da Abemel, Renato Azevedo, atualmente, 80% das exportações  de mel do Brasil são destinadas aos Estados Unidos. “A gente depende totalmente  desse mercado. Estamos aqui para discutir alternativas. No curto prazo, a gente precisa negociar e ter uma extensão de prazo. A médio e longo prazos é preciso diversificar mercados promovendo o mel brasileiro em outros países”, afirmou Azevedo. Ele  reforçou a necessidade de elaborar um plano para reduzir a dependência dos Estados Unidos e buscar a inserção do produto na União Europeia, por exemplo, e em outros  mercados. Azevedo destacou que, para isso, é preciso desenvolver um trabalho de valorização do mel brasileiro. “O mel brasileiro é um mel de qualidade excepcional”,  afirmou.

Para o diretor executivo da Casa Apis, Wellington Dantas, a ApexBrasil é fundamental  para ajudar o setor a encontrar alternativas. “Diante das circunstâncias, a Apex pode  dialogar com outros setores, ver possíveis mercados e nos ajudar com outros órgãos,  como Ministério da Agricultura e Pecuária e Companhia Nacional de Abastecimento,  para ver a possibilidade de absorver alguma parte da produção aqui no Brasil”, apontou. Entre as possibilidades discutidas para o curto prazo está a ideia de negociar para retirar  alimentos desta taxação por serem perecíveis e com maior dificuldade de  redirecionamento para outros mercados no curto prazo.

 

Impactos reais

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil  produziu 64,2 mil toneladas de mel em 2023. Os pequenos produtores ocupam uma  posição de destaque na cadeia de mel e própolis brasileira e a taxação pode afetar  diretamente milhares de famílias. Durante a reunião também foram analisados alguns  impactos de logística e regras regulatórias para o redirecionamento da produção. 

O gerente de Agronegócio da ApexBrasil, Laudemir Müller, que também participou da  reunião, reforçou que a Agência seguirá apoiando o setor.

Primeiramente, vamos levar para as discussões de governo o diferencial que este setor tem, a importância que têm o mercado dos Estados Unidos, e o impacto do produto na agricultura familiar, em especial na região Nordeste. Em segundo, vamos buscar maneiras de reduzir o impacto  com medidas internas.
Laudemir Müller, gerente de Agronegócio da ApexBrasil

Com relação a atuação direta da ApexBrasil, Laudemir destacou o trabalho para a promoção do produto e a diversificação de mercados. “No que realmente nos compete mais diretamente, vamos buscar alternativas de mercado. O presidente Jorge Viana já determinou que seja feito imediatamente um projeto junto  ao setor para trabalharmos a promoção do mel brasileiro, especialmente o mel orgânico, em outros mercados, inclusive com a flexibilização em relação aos nossos  normativos, se for necessário, considerando a situação dramática do setor e a importância que tem para a agricultura familiar”, disse.

Ao final, o presidente da Abemel destacou a importância e o fortalecimento da parceria da entidade com a ApexBrasil diante do cenário de crise. “Crise é oportunidade. Vamos ver se a gente consegue estreitar este relacionamento e fazer desse limão uma limonada”, finalizou.

Assessoria de Imprensa da ApexBrasil – imprensa@apexbrasil.com.br

Tema: Promoção Comercial
Mercado: Estados Unidos
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:
Erro: